21.02.13

CERVEJAS QUE AMAMOS \ Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb: uma santa Ale

A já tradicional (por que não?) seção ‘Cervejas que amamos’ volta para falarmos da Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb, uma Ale saborosa e balanceada em todos os seus ingredientes. Uma autêntica alemã, sendo mais específico. Não preciso redigir uma palavra que seja para lembrar da imensa tradição germânica quando se fala em cervejas de qualidade. Na verdade, o fato de ser uma cerveja alemã foi o que me fez optar por ela nesta segunda postagem. Explico.

Ontem a noite, quando saía da academia, refleti por um instante: corri 40 minutos na esteira, nadei 1.200 m e me matei na musculação, acho que posso me dar o direito de tomar uma boa cerveja. Fui ao supermercado 24h mais próximo e me dirigi à seção de cervejas especiais. Fiquei mais de 20 minutos olhando para todos aqueles rótulos, eram muitos. - Caramba, isso é post que não acaba mais! Escolhi, escolhi, cocei a cabeça, continuei escolhendo… e continuei na dúvida. Qual devo levar?

Ao meu lado, estático, um senhor de 60 e poucos anos, barba e cabelos grisalhos, óculos de grau alojados na ponta do nariz e expressão convicta de quem conhece todos os atalhos da vida. Passaria facilmente por um professor de álgebra do Ensino Médio, um aposentado da Receita Federal ou um artista plástico. Ele lia um rótulo tão compenetradamente que aquilo lhe conferia a imagem de alguém que conhecia muito bem do assunto. Era um sábio, logo sentenciei. Pensei em puxar assunto, mas lembrei da minha extrema tolice no tema. Preferi apenas me decidir de uma vez por todas e então pesquei uma alemã da prateleira.

Uma gelada agora ia bem.

Cheguei em casa e comecei meu ritual para degustá-la. Sobre a mesa, papel, caneta, um copo para cervejas tipo weiss e a bola da vez: a Ale dos monges. Devo lembrar que cervejas do tipo weiss devem ser servidas seguindo algumas recomendações. Primeiro despeje a cerveja lentamente em um copo inclinado, a ideia é evitar que forme muita espuma. Deixe então alguma quantidade de cerveja na garrafa. Agite (a garrafa, não o copo) em movimentos circulares para que a levedura, depositada no fundo, seja misturada com a cerveja e forme uma espuma cremosa. Finalmente deposite essa espuma sobre a cerveja que está no copo. E sim, isso foi um Ctrl+V.

Antes de dar o primeiro gole anotei as minhas impressões visuais daquele nobre líquido. Fitei atentamente a coloração dourada, a espuma avantajada e a densidade levemente turva – isso deve-se ao fato dela não ser filtrada, foi o que li em algum lugar. Então finalmente dei uma bebericada e , de cara, notei que não estava diante da cerveja mais amarga do mundo. Minha única referência de cerveja de trigo sempre foi a Erdinger – por isso tinha o copo apropriado em casa. Aguardei o tal “final” e… nada. Definitivamente seu amargor estava de médio para baixo em alguma escala que mede essas coisas. Meu plano era colher todas as minhas impressões e depois comparar com o que dizem os especialistas. Queria descobrir a minha real escala de ignorância.

Confesso que fiquei animado e, até certo ponto, embasbacado quando encontrei análises bem parecidas com a que eu tinha feito. Não me empolguei muito, é bem provável que tenha sido mera coincidência. Prefiro degustar mais algumas marcas antes de sair me esnobando por aí.

Quem entende diz que:

O aroma é ressaltado, frutado e adocicado, com todos os elementos básicos de uma boa Weiss. Trata-se de uma cerveja de corpo médio e alta carbonatação. Além das notas aromáticas, acrescentam-se cereais e um levíssimo amargor que não perpetua, mas tempera o conjunto.

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