Domingo. Dia 16 de dezembro de 2012. O relógio marcava seis da manhã e eu, ainda deitado na cama, já não tinha mais paciência para esperar o alarme do despertador. Não, eu não sou um idoso de 75 anos que acorda cedo sem mais, nem menos. Sou um corintiano. Sou um louco tentando explicar algumas das muitas loucuras que passam pela minha cabeça num dia de decisão de campeonato. Não dava mais para esperar. Levantei. Liguei a televisão. Em seguida, abri a janela. E foi aí que eu descobri, antes de qualquer ser vivo da terra, que o Corinthians seria o Campeão Mundial de Clubes da Fifa. Calma, eu explico.
Ao olhar pela janela fui surpreendido por um céu lindo, todo cinza. Isso mesmo, cinza – cor derivada da junção do preto e do branco. Qualquer pessoa ficaria feliz em ver um céu azul na manhã daquele domingo, mas não um corintiano. Não naquele dia. Não contra os “Blues”. Enquanto isso, ao vivo do Japão, a imagem revelava um céu noturno, ainda mais carregado de tinta. Lá imperavam o preto breu e o emblemático branco lunar, sem derivados. Preciso ser mais explícito? Não era uma feliz coincidência. Era uma mensagem. Um presságio. De Cuiabá ao Japão não havia um tom de ciano. O mundo naquele momento era alvinegro.
Levantei. Liguei a televisão. Em seguida, abri a janela. E foi aí que eu descobri, antes de qualquer ser vivo da terra, que o Corinthians seria O Campeão…
Não tive dúvidas. Vesti tênis, meia, cueca, short, camiseta e boné seguindo o padrão preto, branco e seus derivados. Entrei no meu carro – preto –, coloquei o meu óculos – preto e branco – e fui assistir o jogo no mesmo lugar que vi todas as partidas de mata-mata da libertadores. Eu sei que já tinha sido avisado do título minutos atrás, mas seria muita displicência da minha parte não cumprir o ritual básico de superstição futebolística, como faz todo fiel torcedor.

ここにクレイジーの束だ!
O Corinthians entrou em campo e venceu. Jogou muito. Cumpriu a profecia. Mas desta final eu quero registrar dois fatos. Primeiro: o gol do título saiu 21 minutos antes do que normalmente acontece em jogos do Corinthians. Segundo: depois de vibrar com todas as defesas do Cássio, eu tive a certeza de que o Homem lá de cima não estava de brincadeira quando pintou os céus daquela manhã de 16 de dezembro de 2012. O dia em que o planeta azul se rendeu ao alvinegro e mudou de cor.
Não tão simples, mas foi assim. E que assim seja sempre. Amém.
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