Doença Renal Crônica e Qualidade de Vida: Enfrentando os Desafios e Buscando Bem-Estar

Há um reconhecimento crescente de que as doenças crónicas constituem um grande desafio para os sistemas de prestação de cuidados de saúde e para os tesouros. Estas são doenças altamente prevalentes e dispendiosas e espera-se que a frequência aumente significativamente à medida que a população de muitos países envelhece. A doença renal crónica (DRC) não tem recebido a mesma atenção que outras doenças crónicas, como a insuficiência cardíaca congestiva; No entanto, a prevalência e os custos da DRC são substanciais. Um maior reconhecimento e apoio à DRC pode exigir que a doença deixe de ser vista como um estado de doença contínua. Os estágios iniciais da DRC requerem cuidados menos complexos e geram menores custos. Em contraste, a DRC em fase avançada é tão complexa e dispendiosa como outras doenças crónicas importantes. As autoridades de saúde podem não reconhecer e financiar adequadamente os cuidados à DRC até que a fase avançada da DRC seja claramente definida como separada e distinta das fases iniciais da doença. Nesta revisão, descrevemos o fardo das doenças crónicas, consideramos os desafios e barreiras e propomos processos para melhorar o tratamento da DRC em fase avançada. Em particular, recomendamos a necessidade de uma melhor continuidade dos cuidados, maior utilização da tecnologia da informação, cuidados multidisciplinares, encaminhamento atempado para nefrologistas, utilização de protocolos e envolvimento do paciente.

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Carga global de doenças crônicas

O fardo das doenças crónicas tem um amplo alcance, afectando indivíduos e sistemas de saúde em países de baixo, médio e alto rendimento. O Plano de Acção Mundial para as Doenças Não Transmissíveis (DNT), aprovado pela Assembleia Mundial da Saúde em 2008, identificou as doenças cardiovasculares, o cancro, as doenças respiratórias e a diabetes como doenças prioritárias, uma vez que representam a maior parte das DNT e o seu desenvolvimento pode ser atribuído a comportamentos de risco. que pode ser modificável através de ações de saúde pública (por exemplo, tabagismo, falta de atividade física e dieta pouco saudável) [1]. Em 2012, metade de todos os adultos americanos tinha uma ou mais condições crônicas de saúde [2]. A prevalência da diabetes aproxima-se dos 11% em muitos países, e 12,7 milhões de novos casos de cancro foram diagnosticados em 2008 em todo o mundo [3]. Globalmente, as DNT crónicas são a causa mais comum de morte e morbilidade. Em 2008, 63% de todas as mortes em todo o mundo (36 de 57 milhões) foram devido a doenças crónicas, e prevê-se que este risco aumente 15% entre 2010 e 2020 [4]. A diabetes é uma das principais causas de cegueira, insuficiência renal e amputação de membros em muitos países [5, 6], e estima-se que o número de sobreviventes de AVC em todo o mundo atinja 77 milhões até 2030 [7]. Sem um plano coordenado de prevenção e gestão, os sistemas de saúde em todo o mundo enfrentam agora a “epidemia negligenciada de doenças crónicas”

DRC em estágio avançado e barreiras para resultados ideais

O grande fardo imposto pelas doenças crónicas ao tesouro e aos sistemas de saúde dos países industrializados leva a uma concentração importante, mas talvez excessivamente focada, na insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e doenças relacionadas e a menos atenção à importância da DRC. No entanto, a DRC afeta um grande número de pacientes e tem um grande impacto nos resultados de saúde, na qualidade de vida e no custo total dos cuidados de saúde. Em 2011, a DRC estava presente em 9,2% dos beneficiários do Medicare nos EUA e foi responsável por 18,2% dos custos [32]. De 2000 a 2011, enquanto as despesas totais do sistema Medicare aumentaram cerca de 100%, os custos do Medicare para a DRC aumentaram 380% [32]. Os EUA, na sua campanha Pessoas Saudáveis ​​2020, procuram «reduzir novos casos de doença renal crónica (DRC) e as suas complicações, incapacidade, morte e custos económicos» [32]. Um foco semelhante está em vigor em muitas outras nações industrializadas.

FAQ

  1. O que é doença renal crônica (DRC)?

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A doença renal crônica (DRC) é uma condição caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal ao longo de meses ou anos. Os rins são órgãos vitais responsáveis por filtrar o sangue, eliminar resíduos e toxinas, regular a pressão arterial, controlar o equilíbrio de líquidos e eletrólitos no corpo, produzir hormônios que estimulam a produção de glóbulos vermelhos e regular a vitamina D. Quando os rins são danificados, essas funções podem ser prejudicadas, levando a diversos problemas de saúde.

  1. Como a DRC afeta a qualidade de vida?

A DRC pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa, afetando:

Saúde física:

  • Fadiga crônica e fraqueza muscular;
  • Náuseas, vômitos e perda de apetite;
  • Inchaço nas pernas, tornozelos e pés;
  • Alterações na pressão arterial;
  • Anemia;
  • Doenças ósseas (osteoporose e osteomalacia);
  • Prurido na pele;
  • Câimbras musculares;
  • Dificuldades para dormir;
  • Perda de libido;
  • Sensação de frio constante.

Saúde mental:

  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Estresse;
  • Medo e insegurança;
  • Dificuldade de concentração;
  • Alterações de humor;
  • Baixa autoestima.

Vida social:

  • Dificuldades para realizar atividades diárias, trabalho, viagens e lazer;
  • Isolamento social;
  • Dificuldades de relacionamento com familiares e amigos.

Relacionamentos:

  • Desafios na comunicação com familiares e amigos;
  • Estresse no relacionamento;
  • Dificuldades sexuais.
  1. Quais os fatores de risco para DRC?

Os principais fatores de risco para DRC incluem:

  • Doenças que danificam os rins:
    • Diabetes mellitus tipo 1 e 2;
    • Hipertensão arterial;
    • Doenças glomerulares (glomerulonefrite);
    • Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, vasculite);
    • Pielonefrite aguda ou crônica;
    • Cálculos renais;
    • Obstrução das vias urinárias;
    • Doenças hereditárias que afetam os rins (rins policísticos, síndrome de Alport).
  • Fatores que aumentam o risco de desenvolver DRC:
    • Idade avançada;
    • Etnia (afrodescendentes, hispânicos);
    • Histórico familiar de DRC;
    • Tabagismo;
    • Obesidade;
    • Sedentarismo;
    • Doenças cardíacas;
    • Uso de medicamentos nefrotóxicos (anti-inflamatórios não esteroides, analgésicos).
  1. Como a DRC é diagnosticada?

A DRC é diagnosticada através de exames de sangue e urina que medem a função renal. Os exames mais utilizados são:

  • Creatinina no sangue: Nível elevado de creatinina pode indicar DRC.
  • Taxa de filtração glomerular (TFG): Estima a função renal com base na creatinina e outros fatores.
  • Urina de 24 horas: Avalia a quantidade de proteínas e outras substâncias na urina.
  • Exames de imagem:
    • Ultrassom renal: Avalia a estrutura dos rins e das vias urinárias.
    • Tomografia computadorizada: Fornece imagens detalhadas dos rins.
    • Ressonância magnética: Pode ser utilizada para avaliar a perfusão renal.
  • Biópsia renal: Retirada de um pequeno pedaço do rim para análise microscópica.
  1. Como a DRC é tratada?

O tratamento da DRC visa retardar a progressão da doença, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida. As opções de tratamento incluem:

Medidas gerais:

  • Controle rigoroso da pressão arterial:
    • Medicação anti-hipertensiva;
    • Mudanças no estilo de vida (dieta, atividade física).
  • Controle da glicemia:
    • Medicação para diabetes;
    • Mudanças no estilo de vida (dieta, atividade física).
  • Dieta:
    • Restrição de proteínas, fósforo, potássio e sódio;
    • Ingestão adequada de líquidos
  1. Quais são as opções de tratamento dialítico?

A diálise é um tratamento que substitui a função renal filtragem do sangue e eliminação de resíduos e toxinas do corpo. Existem dois principais tipos de diálise:

  • Hemodiálise: O sangue é bombeado para fora do corpo através de um cateter e filtrado por uma máquina especial (rim artificial) antes de retornar ao corpo. A hemodiálise é geralmente realizada três vezes por semana em um centro de diálise.
  • Diálise peritoneal: Um fluido de diálise é introduzido na cavidade abdominal através de um cateter cirúrgico. O fluido absorve resíduos e toxinas do sangue por difusão e os remove quando é drenado. A diálise peritoneal pode ser realizada em casa de forma manual ou automatizada.
  1. O que é transplante renal?

O transplante renal é a substituição de um rim doente por um rim saudável de um doador vivo ou falecido. O transplante renal é a melhor opção de tratamento para a DRC em estágio terminal, podendo proporcionar uma melhor qualidade de vida e sobrevida do paciente.

  1. Como posso conviver com a DRC emocionalmente?

Conviver com uma doença crônica como a DRC pode ser emocionalmente desafiador. O impacto emocional pode variar dependendo da gravidade da doença, do tipo de tratamento e de fatores individuais. É importante buscar apoio para lidar com as emoções difíceis que podem surgir, tais como:

  • Participar de grupos de apoio: Conectar-se com outras pessoas que compartilham a mesma experiência pode ser extremamente benéfico.
  • Terapia individual: A terapia pode ajudar a desenvolver habilidades de enfrentamento, lidar com o estresse e a ansiedade, e promover a aceitação da doença.
  • Acompanhamento psicológico: O psicólogo pode auxiliar no manejo do emocional e na adaptação à nova realidade.
  1. Como posso falar com meu médico sobre a DRC?

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Para falar com seu médico sobre a DRC, você pode:

  • Agende uma consulta e compartilhe suas preocupações.
  • Prepare perguntas com antecedência para esclarecer suas dúvidas.
  • Leve consigo uma lista de seus medicamentos e histórico médico familiar.
  • Seja aberto e honesto sobre seus sentimentos e preocupações.
  1. Onde posso encontrar mais informações sobre a DRC?

Existem diversas fontes de informação confiável sobre DRC:

  • É importante buscar informações de fontes confiáveis e conversar com seu médico para esclarecer dúvidas e receber orientações individualizadas.
  • A DRC é uma doença crônica, mas com o tratamento adequado, é possível viver uma vida plena e produtiva.

Conclusão :

Em caso de dúvidas ou para mais esclarecimentos adicionais sobre Doença Renal Crônica e como ela impacta a qualidade de vida, enfrentando os desafios e buscando bem-estar, sinta-se à vontade para entrar em contato com a NefroClinicas. Estamos aqui para apoiá-lo na sua jornada por informações e assistência.

Fonte :https://pt.wikipedia.org/wiki/Insufici%C3%AAncia_renal